13.6.07

FESTAS DOS SANTOS POPULARES

FESTE DER VOLKSHEILIGEN

Então, como foi ontem a noite de Santo António? Divertiram-se muito? O que fizeram? Por onde andaram?
Partilhem as vossas experiências. Não é preciso ser em alemão ... mas se fizerem questão, estão à vontade...

Já devem saber que Alfama foi vencedora pelo 3º ano consecutivo, mas não sei se sabem que na cenografia venceu Marvila, no desempenho do cavalinho Campolide e que a melhor letra e composição original coube à Bica.


Aqui vai, como de costume, um pequeno texto em alemão sobre as nossas festas. Leiam! Mesmo que não percebem tudo...
Im Juni finden in ganz Portugal Feste zu Ehren der drei Volksheiligen (Santos Populares) statt. Diese drei Heiligen sind Antonius, Johannes und Petrus. Gefeiert wird mit Wein, água-pé (Most), traditionellem Brot mit Sardinen, Straßenumzügen und -tänzen, Hochzeiten, Feuer und Feuerwerk sowie viel guter Laune.



Santo António wird in der Nacht vom 12. auf den 13. Juni gefeiert, vor allem in Lissabon (wo dieser Heilige geboren wurde und lebte), wo eine Art Straßenkarneval (Marchas Populares) stattfindet.



Es finden auch Hochzeiten, die Casamentos de Santo António, statt.



Der populärste Heilige ist São João (hl. Johannes), für den am
Johannistag vor allem in Porto und Braga gefeiert wird, wobei es Sardinen und Caldo Verde (eine traditionelle Suppe). Zu Ehren von São Pedro wird am 28. und 29. Juni gefeiert, besonders in Póvoa de Varzim und Barcelos, wobei diese Feste dem Meer gewidmet sind und man verwendet dabei viel Feuer (fogeiras) und wiederum findet eine Art Straßenkarneval statt.
(Wikipedia)


Agora a informação em português:

Em Portugal, realizam-se em Junho as Festas dos Santos Populares. As festas em honra de Santo António começam logo na noite do dia 12. Todos os anos a cidade organiza as marchas populares, grande desfile alegórico que desce a Avenida da Liberdade, no qual competem os diferentes bairros, um pouco à maneira das escolas de samba, numa espécie de carnaval português. Um grande fogo de artifício costuma encerrar o desfile.
Os rapazes compram um mangerico (planta aromática, que em alemão se diz das Basilikum) num pequeno vaso, para oferecer à namorada, o qual traz uma bandeirinha com uma quadra popular, por vezes brejeira ou jocosa.

A festa dura toda a noite e, um pouco por toda a cidade há arraiais populares, locais de animação engalanados onde se comem sardinhas assadas na brasa, febras de porco (fêveras) e bebe vinho tinto. Ouve-se música e se dança até de madrugada, sobretudo no antigo e muito típico Bairro de Alfama, em Lisboa (na cidade do Porto, uma festa semelhante, mas em honra de São João, patrono da cidade, tem lugar todos os anos no dia 23 de Junho). Santo António é o santo casamenteiro, por isso a Câmara Municipal de Lisboa costuma organizar, na Sé Patriarcal de Lisboa, o casamento de jovens noivos de origem modesta, todos os anos no dia 13 de Junho. São conhecidos por 'noivos de Santo António', recebem ofertas do município e também de diversas empresas, como forma de auxiliar a nova família.
No
Brasil, onde o santo tem milhões de devotos, é também frequentemente reverenciado como Santo Antônio, o Casamenteiro. O arraial de Santo Antônio do Leite, no Estado de Minas Gerais, Brasil, tem na sua igreja uma belíssima imagem de Santo António de Lisboa, trazida de Portugal em finais do século XVII. O dia 13 de Junho, é feriado em diversos municípios portugueses e brasileiros.


Estátua do St. António de Lisboa (ou de Pádua), envergando o traje dos frades menores e segurando o Menino Jesus sobre um livro.


Santo António de Lisboa nasceu em Lisboa, a 15 de Agosto de 1195 e faleceu em Pádua, 13 de Junho de 1231). O seu nome de baptismo era Fernando Martim de Bulhões e Taveira Azevedo (ou Fernon Martin di Bulhon y Tavera Azeyedo) filho de Martim de Bulhões e Maria Teresa Taveira Azevedo. É também conhecido como Santo António de Pádua, por ter vivido e falecido nessa cidade italiana. Regra geral, os santos católicos são conhecidos pelo nome da cidade onde falecem e onde permanecem as suas relíquias – pois que, na doutrina cristã, a morte mais não é que a passagem para a verdadeira vida –, e não daquela que os viu nascer; assim sucede com Fernando de Bulhões, que nas demais línguas europeias é chamado de Pádua, e apenas reverenciado pelos povos de língua portuguesa como de Lisboa.

Antonius von Padua (lat. Antonius Patavinus) (15. August 1195 in Lissabon als Spross einer Adelsfamilie (Geburtsname: Fernandez Martin de Bulhorn), † 13. Juni 1231 in Arcella bei Padua), oft auch Antonius von Lissabon genannt, war ein portugiesischer Franziskaner, Theologe und Prediger. Er ist ein Heiliger der römisch-katholischen Kirche.

Ainda a propósito de Santo António Casamenteiro, de manjericos e de quadras...

Sabiam que os manjericos, tão populares nas nossas festas, eram considerados símbolos de luto na Grécia, do amor na Itália e eram sagrados na Índia?
Aliadas aos manjericos estão as quadras. Este ano, o concurso de quadras, levado a cabo pela Câmara de Lisboa em honra de Santo António de Lisboa, tinha como obrigatoriede incluir na quadra um verso alusivo a Rafael Bordalo Pinheiro, no ano em que se assinalam os cem anos do seu desaparecimento.Ganharam estas:
1º Prémio
Do atrevido Bordalo
Santo António ri brejeiro
Depois, p’ra se redimir
Rezou o responso inteiro
2ª Prémio
Do atrevido Bordalo
Que, nas Caldas, foi oleiro
Com verdadeiro regalo
Santo António ri brejeiro
3º Prémio
Do atrevido Bordalo
Santo António ri brejeiro
O cordelinho, ao puxá-lo,
Mostra o frade sem cueiro

Santo António Casamenteiro

«Santo António, santo Antoninho, arranja-me lá um maridinho»
«Ó Santo António de Lisboa/ Tu que tens fama de casamenteiro/ Se o casamento fosse coisa boa/ Tu próprio não ficarias solteiro.
São dois dos mais antigos pregões populares.
Onde tem origem esta lenda?
Conto de Santo António
Conta-se que uma jovem muito linda, mas cansada de esperar por um noivo, já desesperada de encontrar marido, pediu ajuda a Santo António. Adquiriu uma imagem do santo, benzeu-a e todos os dias enfeitava-a com flores que colhia no jardim. Além disso, orava com regularidade para que Santo António lhe arranjasse um noivo. Mas, passaram-se semanas, meses, anos... e nada. O noivo não aparecia, nem se falava nas redondezas que algum mancebo ou mesmo, à falta de outro, algum velhote ricaço que por ela se interessasse. Certa vez, pôs-se a lamentar a ingratidão do santo, chegando mesmo a ser repreendida pela mãe. E, desapontada pelo poder miraculoso do santo, pegou na imagem e, no auge do desespero, atirou-a pela janela a fora.
Passava na rua, naquele momento, um jovem cavaleiro que levou com a imagem, em cheio, sobre a cabeça. Apanhou-a intacta e subiu a escada para devolver a imagem. Quem o recebeu, por notável coincidência, foi a formosa donzela. O cavaleiro apaixonou-se por ela e algum tempo depois casaram, naturalmente por milagre do santo.


Espero que tenham encontrado alguma informação interessante.
Bom feriado!

1 comentário:

Anónimo disse...

Esta Brutal...